Um Sonho Realizado | Star Wars – O Despertar da Força

Star Wars O Despertar da Força caminha para se tornar uma das maiores bilheterias de todos os tempos, só isso já indica o tamanho da espera e expectativa que nós, fãs, tivemos com esse longa, e bem, elas foram brilhantemente atendidas. 

Star Wars – O Despertar da Força: A história se passa 30 anos após os acontecimentos de O Retorno de Jedi. Podemos perceber que a república não esteve sozinha durante todo esse tempo, não que a festa com os Ewoks tenha sido em vão, mas é complicado imaginar que toda uma galáxia seria democratizada de um dia para o outro. Agora, o grande inimigo da república - que não é mais tratada por esse nome, e sim a resistência - é a primeira ordem, constituída por adeptos e remanescentes do antigo império que buscam restituir todos os seus ideais totalitários. A trama começa seguindo os passos da personagem Rey, uma sucateira que vive a recuperar restos de naves, e o personagem Finn, um ex-stormtrooper que renega o posto em sua primeira missão. Todos estão à procura de algo ou alguém que possui grande relevância para ambos os lados.

JJ Abrams está impecável, sua performance é nítida. Talvez tenha sido seu melhor trabalho tecnicamente falando, as sequências de ação são muito bem colocadas, dinâmicas, inovadoras dentro da saga e muito atuais. Utiliza-se de planos mais abertos, fluidos. 

Em nenhum momento deixamos de ter certeza que aquilo que estávamos vendo era realmente Star Wars, e isso é fantástico. O paisagismo e a junção entre elementos clássicos e novidades tornou-se extremamente benéfico e revigorante para a saga. Um novo ar, sem perder suas celebres características. Os efeitos especiais são perfeitos, principalmente no que se refere aos efeitos práticos. O longa pode parecer ser referencial demais em alguns momentos, mas eu acredito que isso seja um dos pontos fortes do filme. Ele dosa bem a originalidade com a referência, o respeito. Abre-se um leque de público ainda maior!

A história é já muito bem conhecida, agradável e divertida. E isso é o mais importante. Uma das coisas que mais me empolgou no filme são as atuações, nunca um longa de Star Wars teve um trabalho de casting tão bem feito, todos os atores foram muito bem escolhidos para seus papeis. 

Daisy Ridley, por exemplo, interpreta Rey, certamente uma das melhores coisas do filme. Uma personagem misteriosa, rica em carisma e muito inteligente. A atriz passa sinceridade e muita confiança. Precisamos ver mais trabalhos dessa moça, urgentemente. Outro que está excepcional é o Jhon Boyega, o rapaz consegue impor comicidade e drama no mesmo personagem, e faz muito bem. Finn é o tipo de pessoa que você quer ter como amigo, você torce por ele. 

Agora, devemos falar sobre o grande vilão do filme, Kylo Ren, interpretado pelo ótimo Adam Driver. Kylo não é um novo Darth Vader, ele é diferente, com motivações diferentes e uma personalidade ainda em construção. Ele não está pronto e sabe disso. Méritos a atuação do Adam Drive, que passa tudo com um bom tom sem ser caricato. Já ator Osar Issac interpreta Pol Demeron, um piloto inteligente, engraçado e muito carismático. Não teve muito espaço em O Despertar da Força, mas é um personagem já estabelecido na saga, acendendo a possibilidade de desempenhos maiores dentro dessa trilogia. Eu gostei muito do BB8, inclusive quero um para mim. 

Uma das coisas mais emocionantes de o despertar da força é poder rever nossos amigos dos episódios clássicos. Desde a Millenium Falcon até o Han Solo. Só isso já valeria o ingresso, mas não pensem que algum deles estão de graça na história, ao contrário, são todos muito importantes para a trama. É claro, o filme não perfeito, alguns personagens foram um pouco subaproveitados e uma das partes do último ato não empolga como deveria, mas tudo bem. 

Conclusão, Star Wars: O Despertar da Força é o filme que todos nós esperávamos em 2015. Divertido, emocionante, cativante e revigorante.

Poder ver pela primeira vez um Star Wars no cinema teve um significado muito grande para mim. Foi uma experiência inesquecível.